Hoje, entre o basalto negro que se entrelaça com as ervas amarelas, sinais da força bruta da natureza, deixámo-nos envolver pelo som do mar e pelo abraço do céu. A antiga fábrica da baleia, agora habitada por vacas felizes, foi o nosso cenário. Ali, cada canto parecia sussurrar histórias antigas enquanto as ondas, ao fundo, nos lembravam que tudo está em constante movimento.
A nossa querida Andrea Santolaya guiou-nos, partilhando connosco a magia da sua arte, aprendemos uma técnica que nos ensinou a olhar — realmente o olhar. De repente, a máquina fotográfica deixou de ser apenas um objecto, tornou-se extensão do nosso olhar, da nossa curiosidade, da nossa identidade. E foi isso que ela nos mostrou, apesar de caminharmos pelos mesmos trilhos, de apontarmos as lentes para os mesmos locais, cada um de nós capta o mundo de forma única, pessoal, irrepetível.
O tempo voou. Não há relógio que marque as horas quando estamos na oficina da fotografia, porque ali não medimos momentos, eternizamo-los. Somos afortunados por esta oportunidade rara, por cada memória que se tornou eterna no instante em que foi capturada. E, claro, não podia faltar a nossa “paparazzi” — aquela presença constante, meio escondida, que nos acompanha sempre desprevenidos, apanhando-nos no exacto segundo em que nos esquecemos da pose.
Ali, entre rochas, vacas, mar e céu, fomos muito mais do que aprendizes de fotógrafos: fomos contadores de histórias com luz. E essas histórias, serão impressas em imagens, prontas para saltar das palavras que vos temos deixado e fazer- vos senti-las na pele.