Ilha de Sam Nunca

"Era a dor de pensar que me impelia
(Meu rumo - aonde fosse Perdoar),
mas achei -me sem leme, à revelia
da lua de rezar.

Tremi de naufragar nesta verdade pobre,
e, entre vidas passando como raios,
contentei -me de ser o que descobre
sonhos-avós com piratas malaios.

Cheguei, por fim. Mal desperto da viagem,
acendi o cachimbo e empunhei a lira,
para compor um canto à minha imagem.
Entretanto, a praia fugira!"

A ilha de Sam Nunca, de Natália Correia, Atlantismo e insularidade na poesia de António de Sousa, Antologia, Antília. Secretaria Regional dos Assuntos Culturais - Angra do Heroísmo. 1982

Fotografia da exposição Ilha de Sam Nunca, de Andrea Santolaya 2017-2024

Curadoria Maria Emanuel Albergaria

Gratidão Andrea por nos ter conduzido pelo mundo mágico que a fotografia nos transporta, somos uns privilegiados pelo tanto que nos deste a conhecer e ensinaste.

POR VIA MARÍTIMA

Uma exposição integrada no projeto Entre Mares e Metrópoles
Entre o basalto negro e as ervas douradas, ao som do mar e sob o abraço do céu, deixámo-nos guiar pela força bruta da natureza e pela delicadeza do olhar.
Com a artista residente Andrea Santolaya, aprendemos a ver, realmente a ver. A máquina fotográfica deixou de ser um simples objecto e tornou-se extensão do nosso olhar, da nossa identidade.
Cada fotografia aqui presente é uma história captada à luz da ilha. Caminhámos pelos mesmos trilhos, sim! Mas cada imagem é única, pessoal, irrepetível.
Entre rochas, mar, céu e a memória viva da “Besuga”(Técnico de Apoio à Infância, turma C, da Escola Profissional da Ribeira Grande), levamos connosco aquilo que somos: contadores de histórias com luz.
Venham sentir connosco esta viagem Por Via Marítima.

 

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